sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Sobre quando eu desativei meu Instagram por um mês

Eis que eu desativei o Instagram, apaguei o app do celular e vivi a vida por um mês sem ele. O Twitter eu apenas parei de acessar mesmo e deletei o app do celular também. A princípio eu não sabia quanto tempo iria ficar sem essas redes (talvez o quanto conseguisse?) mas depois de quase duas semanas eu decidi que seria um mês. (pra deixar claro: eu gosto muito da internet, sou beeeeeeem viciada no Instagram, e uso muito o Youtube e Pinterest. Porém não considero esses dois último como sendo uma rede social.)

As expectativas que eu tinha ao desativar o Instagram era de que no começo eu sentiria bastante falta, mas que depois iria passar, e que eu iria ter um super tempo extra pra fazer outras coisas, ler, pensar na vida, sentir tédio, etc. Sendo que o tempo que eu tinha de tela no celular, e principalmente no Instagram, eram MUITAS horas no dia.

Porém, isso foi só a expectativa mesmo, a realidade foi outra. Não, eu não senti falta do Instagram em nenhum dia, juro! Nos primeiros dias eu tinha aquele impulso de abrir o aplicativo sem nem pensar, e ai me dava conta de que ele não tava lá e de como isso se tornou uma coisa automática. Mas também nesse processo, eu descobri que o buraco é muito mais em baixo. 

O grande problema não era o Instagram (que antes era o Facebook, que antes era o Orkut...) como eu pensava. O problema é todo o mundo de coisas que eu tenho na palma da minha mão a todo o momento, e a minha relação com isso. O vício do Instagram, que é grande, e que eu estava sem naquele momento, passou para o Youtube e o Pinterest. Não deu nem duas semanas eu eu já estava muito mais viciada nessas plataformas do que antes eu era. O que me fez ficar muito mais reflexiva sobre a complexidade disso ser muito maior do que eu pensava. 

Antes, a uns 10, 15 anos atras, a internet era um escape que tínhamos da vida. Hoje, a vida é o escape da internet (vi essa frase em algum lugar). A verdade é que antes a internet era um lugar mais leve no sentido de quantidade de coisas a serem consumidas, e pra ter o acesso a essas coisas, era preciso estar utilizando o computador. Eu pelo menos, nessa época, fazia isso por umas 1 ou 2 horas por dias, as vezes menos. Fora esse período, eu vivia a minha vida sem checar o celular, sem dar um scroll enquanto tava entediada ou esperando alguma coisa. Era eu, meus pensamento, e o mundo a minha volta. Eu tinha tempo pra sentir tédio e, pra através dele, acessar a minha criatividade e originalidade. E isso era muito especial, e foi isso que eu busquei achando que a solução era apenas me privar de usar o Instagram e ver no que dava. 

Eu descobri que é tudo muito mais complexo do que eu pensava, e provavelmente um processo de entendimento e aceitação da forma como tenho levado a vida e como tenho deixado isso tudo me afetar por tantos anos. 

Você talvez esteja se perguntando se depois que eu voltei com o Instagram o meu vício diminuiu ou se alguma coisa mudou. A verdade é que eu sinto que quase nada mudou. Continuo viciada, talvez um pouco mais consciente. Mas como eu disse, o problema não é o Instagram, e sim a forma como eu lido com o acesso na mão que tenho da internet e tudo o que ela proporciona.

É isso, não tenho uma conclusão, e nem muito mais o que falar. Eu poderia sim, falar por horas sobre esse assunto, e entrar em outras questões que nem sequer mencionei aqui, mas eu iria me estender muito e provavelmente muita coisa nem ia iria fazer sentido. Mas se você, como eu, gosta de falar e refletir sobre isso, comenta ou me chama pra conversar!

Até a próxima ;) 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Colecionar momentos

Aqui estou. Enquanto a ideia de estar aqui passava apenas pela minha cabeça, as palavras vinham de forma muito fácil, porém sempre em momentos em que eu não tinha nem mesmo o bloco de notas do meu celular por perto pra anotar. E agora, todas as palavras sumiram. Sempre foi assim.
Mas enfim, aqui estou.

A alguns meses eu vi um vídeo no youtube, de uma menina bem fofa, contando sua jornada e as vantagens sobre estar documentando a sua própria vida. Depois daquele vídeo eu fiquei bem reflexiva e também empolgada em fazer o mesmo. Ela, no caso, faz isso em forma de vídeos e publicando no seu canal.

Diferente de apenas publicar fotos e stories no instagram, documentar a própria vida de forma intencional é um ato de amor com a pessoa que você é hoje, e que vai ser no futuro. Vejo como uma forma de transformar o agora em eterno, e colecionar frações da vida que se vive, e das sensações e sentimentos que se sente.

A questão aqui é que eu não tenho nenhuma habilidade em filmar momentos. Eu tentei, mas não deu muito certo… eu nunca lembrava de pegar o celular pra filmar alguma coisa, etc. Mas uma coisa que eu sempre gostei de fazer é escrever. Eu to bem enferrujada em relação a isso, mas em um momento de reflexão eu percebi que antes, todas as vezes que eu escrevia, seja pra mim mesma ou nos vários blogs que eu já tive na época que a internet era um lugar bem mais legal que é hoje, eu estava documentando a minha vida.

Por isso eu to aqui, em pleno 2021, escrevendo esse primeiro texto pra publicar no meu novo (sei lá qual número) blog feito no blogger como se eu estivesse novamente em 2007 (coloquei esse ano de exemplo porque foi um ano bem legal hehe). E é isso. Resolvi documentar a minha vida e quero muito conseguir fazer isso de forma constante, porém de um jeito leve e sem muita cobrança. “Documentar a vida” parece uma forma séria de se dizer, mas a ideia é colecionar momentos mesmo. Quero deixar pro meu eu do futuro resquícios da vida que vivi e que fui construindo, assim como o meu eu do passado fez isso por mim a alguns anos em alguns momentos, e hoje eu sou muito grata por isso.


Até a próxima ;)