As vezes a gente leva uma rasteira da vida. Coisas que de longe parecem pequenas, mas de perto deixa a gente tão sensível. Tem momentos que a única coisa possível de se fazer é escrever. Vomitar palavras de tudo o que ta apertando o peito, pra que seja possível seguir com o dia sem passar mal de ansiedade. Quando eu escrevo eu fico um pouco mais leve, e entendo melhor o que eu to realmente sentindo.
Sempre me vem o pensamento: qual o problema comigo? E depois disso, quase nunca vem pensamentos bons. Eu me fechei em uma bolha, e quando abro, uma hora sempre me machuco. Eu vivo com o constante medo de como as outras pessoas vão reagir a quem eu sou, e também por isso que me fechei. Eu queria tanto dar a elas tudo que carrego em mim, e toda a consideração que sinto. Mas ser distante é tão mais fácil do que se machucar não é? Como elas iriam reagir a uma pessoa que iria se abrir ao extremo? Então melhor se fechar por completo, certo?
Gerenciar emoções é a coisa mais estranha. As vezes tudo o que eu queria era chamar cada pessoa e falar exatamente como me sinto. Dizer que sinto falta, que sinto muito. Que podíamos marcar uma hora inteira pra falar de qualquer coisa, qualquer bobeira, de filmes, gostos em comum. Só que aprendi a ser fria. Pois ser fria é guardar o "sentir ao extremo" em uma caixa bem fechada no coração. E ai é mais fácil lidar com tudo assim.
As vezes apenas respirar fundo já melhora uns 50%, e ai a gente vai vivendo.
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